Seguros são o segundo setor mais impactado pela crise climática, depois do agronegócio – CQCS
O impacto no mercado de seguros só perde para o observado no agronegócio. De acordo com o físico e professor da USP Paulo Artaxo, a crise climática alerta para a insustentabilidade do atual modelo socioeconômico, que precisa passar por uma reestruturação que considere os limites do planeta e a construção de uma sociedade mais justa. Na ponta, o setor de seguros é pressionado.
As projeções do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas indicam que, se for mantido o atual ritmo de emissões de gases de efeito estufa e os compromissos assumidos pelos países no Acordo de Paris — tratado internacional firmado durante a COP21, em 2015, que estabelece metas para a redução das emissões de gases de efeito estufa — haverá um aumento de cerca de 3°C na temperatura média global ao longo deste século.
“Isso significa que, em regiões continentais e tropicais, como o Brasil, o aquecimento pode chegar a 4°C a 4,5°C, acompanhado de uma queda significativa nas chuvas, especialmente no centro do Brasil e na região Amazônica”, afirma Artaxo, que participa da estreia do webcast da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) “Seguros na COP30”. O objetivo da iniciativa é oferecer aprofundar o debate sobre os impactos das mudanças climáticas, destacar o papel do setor de seguros na adaptação e mitigação desta nova realidade e apresentar a Casa do Seguro.
Segundo o especialista, esse cenário deve desacelerar a produtividade agrícola, mas políticas de adaptação climática implementadas pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e o próprio agronegócio podem mudar o curso do impacto.
Acompanhando o agronegócio, o setor de seguros deve ser também um dos mais impactados. “Evidentemente, com o agravamento dos efeitos sobre a saúde da população, o setor de seguros vai ser fortemente impactado”, aponta Artaxo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas podem causar cerca de 250 mil mortes adicionais por ano.
“Na minha visão, é muito mais uma reestruturação de todo o nosso modelo socioeconômico para um modelo socioeconômico que respeite os limites do planeta e a construção de uma sociedade mais justa, ou vamos continuar do jeito que estamos agora”, enfatiza o físico e professor da USP.
A íntegra do episódio está disponível no canal da CNseg no Youtube. Confira:
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